Faltaram gazes para fazer curativos no maior hospital público da região norte do Estado, em Araguaína (TO). A denúncia foi feita pelo presidente licenciado do Conselho Municipal de Saúde, Jeferson Cardoso, ao
AF Notícias, nesta sexta-feira (14). Cardoso deu entrada na unidade hospitalar para fazer uma cirurgia de debilidamento e relatou o descaso da gestão pública no local.
“Não tem gaze nem para fazer um pequeno curativo. A diretora pediu agora ao estoque regulador de Palmas, mas só deve chegar a noite. Deveria ter pedido antes de acabar, mas deixou acabar. Aqui está faltando tudo”, lamentou. Jeferson é cadeirante e contou também que passou três dias de dieta zero (72 horas) para fazer a cirurgia, quando o normal seria umas 10 horas, no máximo.
“Não havia profissional, faltou sala e quando arrumaram a sala, não tinha pessoal da limpeza”, relatou. Além de superlotado, o que já é comum, Jeferson Cardoso afirmou que hospital está cheio de moscas, que estão "invadindo até o centro cirúrgico". Conforme o presidente licenciado do Conselho de Saúde, a situação no hospital se agravou devido à greve dos servidores públicos. Ele também faz uma denúncia.
“Tem pessoas que assina o ponto e vai para casa. O atendimento está reduzido e não está funcionando os 80%, como determinou a justiça, principalmente final de semana e feriado. Está um descaso”, lamentou. Jeferson defendeu que as autoridades estaduais e municipais cobrem firme do secretário e do governador Marcelo Miranda soluções urgentes para amenizar o caos na saúde.
“Os vereadores também precisam incomodar. Eles podem e devem, pois, esse hospital está dentro do Município”, finalizou.