O prefeito e pré-candidato ao governo do Estado,
Carlos Amastha (PSB), por meio de sua assessoria jurídica, protocolou junto à Procuradoria da República da 1ª Região uma petição contestando o relatório final da Operação Nosotros apresentado pela Polícia Federal. Conforme informações do advogado
Leandro Manzano, a defesa tem certeza 'da inexistência da prática de qualquer crime' e por esta razão pede junto ao procurador responsável, o arquivamento do inquérito. No documento, a defesa questiona o fato do delegado Júlio Mitsuo Fujiki ter tomado conhecimento do caso 'poucos dias' antes do relatório ser concluído. Para
Amastha e seu advogado, o tempo não foi suficiente e o indiciamento 'encontra-se absolutamente desprovido de sustentação fática e probatória'. A petição cita o fato do delegado que iniciou os atos e colheitas de provas,
Josean Severo de Araújo, ter se ausentado há três meses devido a uma enfermidade grave. Conforme a defesa,
Júlio assumiu o caso um mês após o afastamento de
Josean e isso prejudica a conclusão do inquérito, pois o delegado 'concluiu um relatório sem participar de absolutamente nenhum ato em todo lapso temporal de sua tramitação'. Em seguida, a defesa de
Amastha apresenta fatos que justificam a inocência do prefeito quanto às fraudes nas licitações do BRT apontadas pela Polícia Federal. No documento de 30 páginas,
Leandro Manzano e uma equipe de advogados defendem o prefeito dizendo que não há corrupção, pois não houve interesse privado e somente público. Conforme um trecho do documento,
Amastha não agiu de má fé e deixou tudo 'às claras' o modo como regia as licitações do BRT e que tudo o mais foi feito buscando agilidade na gestão pública.
"Ora Excelência, isso é gestão eficiente e não corrupção. Busca-se, portanto, a satisfação do interesse público e não o privado. O gestor possui a plena discricionariedade administrativa de encontrar projetos viáveis para o desenvolvimento e ocupação urbana", diz a petição. Também no documento, a defesa de
Amastha diz que a denúncia 'feita por
Egon Just' sobre a cobrança excessiva do IPTU tem motivação e interesse político. A petição cita que o homem exerceu cargo de confiança nas duas gestões do ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, nos cargos de secretário de Turismo e Meio Ambiente, assessor III e assessor extraordinário. De acordo com
Leandro Manzano,
Egon Just atuou como cabo eleitoral em campanhas políticas de Raul, 'o principal adversário político de
Amastha nas eleições de 2016'.
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