Esquema criminoso culminou na ruína financeira da vítima.
Notícias do Pará - Uma mulher levou um golpe de R$ 1,3 milhão ao tentar livrar a família da ex-empregada doméstica de 'magia negra' em Belém (PA). A Polícia Civil investiga o grupo criminoso e cumpriu 5 mandados de busca e apreensão em residências de pessoas envolvidas.
As informações sobre o caso foram divulgadas pela Polícia Civil nesta sexta-feira (12) após realização da operação “Protection”, que mirou os suspeitos de estelionato e associação criminosa.
O golpe
De acordo com as investigações, de 2021 até o final do primeiro semestre de 2024, uma mulher foi vítima do crime de estelionato por parte de um grupo criminoso que teve como autora intelectual sua ex-empregada doméstica.
A suspeita teria se aproveitado de um momento de fragilidade que a vítima se encontrava - devido ao falecimento do marido, para induzi-la a acreditar que seu esposo havia sido vítima de “magia negra” e que a vida de seus filhos também estava em perigo por conta do mesmo tipo de trabalho espiritual.
A partir de então, a vítima passou a fazer sucessivas transferências bancárias para financiar os rituais espirituais, sob a promessa de proteção a sua família.
“No período em que o crime ocorreu, a acusada apresentou para a vítima falsos “pais/mães de santo”, os quais recebiam as sucessivas transferências de valores em suas contas correntes”, explicou o delegado responsável pela operação, Gustavo Amoglia.
No decorrer de três anos, a vítima transferiu um total de R$ 1.300.000,00 para as contas bancárias dos suspeitos, além de valores entregues em espécie e transferências bancárias feitas por terceiros, a pedido da vítima.
O esquema criminoso culminou na ruína financeira da vítima, uma vez que consumiu todo seu patrimônio e a fez contrair altas dívidas com os bancos.
Também foram aprendidos telefones celulares e notebook dos suspeitos. Todo o material apreendido será analisado para continuidade das investigações, bem como a coleta de elementos probatórios.
Além dos mandados de busca e apreensão, também houve representação pelo bloqueio das contas dos suspeitos, os quais já foram efetivados pelas instituições financeiras. A Polícia Civil continua com as investigações.