A vítima estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O tratorista Carlos Alberto da Silva, que teve 65% do corpo queimado durante o incêndio, que atingiu oito fazendas na região de Carmolândia, não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira (27), no Hospital Regional de Araguaína.
A vítima estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com queimaduras de primeiro e segundo grau e lutava pela vida desde a internação. Carlos Alberto teve o corpo queimado no momento em que tentava combater as chamas. O incêndio atingiu cerca de 20 mil hectares de terra, destruiu cercas, pastagens e matou aproximadamente mil cabeças de gado, cavalos e burros.
Na última segunda-feira (25), a Secretaria Estadual de Saúde chegou a conseguir uma vaga em hospital especializado para transferir o paciente, mas por conta da piora significativa no quadro clínico, ele não foi transferido.
O Ministério Público Estadual já abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio e apurar as responsabilidades. Uma equipe também já sobrevoou a área de helicóptero. Para o Ibama, o rompimento de um cabo de energia da Energisa Tocantins pode ter sido a causa do incêndio. Segundo o órgão, há evidências e testemunhas que provam essa hipótese.
QUEIMADAS
O mês de setembro já é o pior em 7 anos em índice de queimadas. No total, foram mais de 8 mil focos de incêndio. Áreas ambientais também estão ameaçadas e mais de 70% do Parque Nacional do Araguaia foi destruído
ENERGISA
Em nota, a Energisa informou que não recebeu notificação do Ibama a respeito das causas do incêndio na área rural do município de Carmolândia. A empresa ainda reiterou que um relatório divulgado na semana passada pelo órgão é preliminar e não conclusivo. "A Energisa reitera ainda que encaminhou perícia para o local citado e que a análise da perícia ainda está em andamento", finalizou.