Alberto Rocha //Opinião
Um dos eventos mais esperados por muitos evangélicos de Araguaína e região, a Marcha para Jesus vem a cada dia se perdendo em meio a outras propostas bem diferentes daquelas que motivaram o pastor Roger Foster, de Londres, a criar o evento em 1987 e que logo se espalhou mundo a fora.
Com um olhar mais atento, é possível perceber que a Marcha Para Jesus em Araguaína e em quase todas as regiões do País, está saindo dos trilhos ao abandonar a proposta inicial de glorificar a Jesus. Em vez disso, vê-se mais promoção pessoal de muita gente que se diz evangélica ou não.
Outro fator que vem chamando a atenção da Marcha é a fuga de um público que costuma ser fiel. A cada ano a Marcha vem se esvaziando.
É visível que uma grande parcela da população evangélica de Araguaína e região resolveu abandonar o evento por motivos diferentes. Um deles, seria a fuga de foco da festa cristã, que parece marchar com outros fins, especialmente o político. Na edição deste ano, a festa não conseguiu levar para as ruas de Araguaína nem 2 mil pessoas. Este número chega a ser quase humilhante para aqueles alcançados nas primeiras Marchas.
Para os evangélicos tradicionais e históricos, a Marcha para Jesus hoje mais parece uma pequena luz que vai se apagando no tempo, ponto que vai ficando fora da curva e bem longe do seu propósito inicial, que é mostrar a força dos evangélicos na cidade.
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Alberto Rocha é jornalista e teólogo.