Agnaldo Araújo //AF Notícias O juiz de direito
Gilson Coelho Valadares se manifestou de maneira nada convencional ao decidir sobre o destino de um litro de gasolina que havia sido apreendido, em Palmas (TO), e que estava guardado nas dependências do Fórum da Capital. Para ilustrar o perigo que a gasolina representa no local, o magistrado lembrou a licitação do Governo do Estado para aquisição de 3,6 milhões de palitos de fósforos que seriam destinados às 7 regionais da Agência Tocantinense de Transportes e Obras e 14 postos de fiscalização, com o intuito de "esquentar" marmitas e fazer "cafezinhos" para os servidores. Nesse contexto, Valadares afirmou que se o litro de gasolina encontrasse "um só daqueles palitinhos" poderia destruir toda a história da Comarca da Capital. Em razão disso, o juiz determinou que o produto fosse destinado à delegacia de origem para ser utilizado na "perseguição de algum criminoso que estivesse amedrontando pessoas de bem". Ele ainda acrescentou:
“ao invés de gastar milhões com palitos de fósforo, o Governo do Tocantins deveria adquirir combustível para as viaturas e, quem sabe, ao menos, promover a devida assistência aos órgãos de segurança pública, empregando, aí sim, de forma correta, os tributos ‘arritirado’ do bolso do contribuinte”, disse. Ainda sobre a licitação, o Juiz ironizou que o Tocantins estaria sendo vítima de um grandioso delito, caso os três milhões de palitos de fósforos fossem riscados ao mesmo tempo.
Palavras coloquiais Na decisão, o Juiz também usou algumas palavras típicas do Tocantins, tais como "deuzulivre", "riscamento" e "arritirado".
Câmara de Palmas O magistrado ainda relatou que quando estava para assinar a decisão, foi surpreendido com a notícia de que a Câmara de Palmas tinha acabado de votar em primeiro turno o aumento de 42% da taxa de iluminação pública. E acrescentou: “
Palmas para eles, que efetivamente defendem os interesses do povo", ironizou. Veja a decisão clicando
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