Justiça já tinha determinado afastamento por 180 dias.
Os dois servidores suspeitos de estarem envolvidos no esquema de fraudes na compra de cestas básicas pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) foram exonerados da gestão do governador Wanderlei Barbosa, nesta quinta-feira (28/04). Ato de exoneração foi publicado no Diário Oficial do Estado nº 6076.
Gilson Ribeiro de Vasconcelos e Matheus Macedo Mota estavam lotados na Agência de Metrologia, Avaliação da Conformidade, Inovação e Tecnologia do Tocantins; como vice-presidente executivo e secretário geral, respectivamente. Mas eram da Setas, anteriormente.
A Agência de Metrologia tem como presidente o filho do próprio governador, Rérison Antonio Castro Leite.
Gilson Ribeiro é servidor concursado como assistente administrativo e estava recebendo salário bruto de R$ 13.300,00. Ele ficou lotado na Setas até janeiro de 2022 na diretoria de microcrédito e no gabinete do secretário executivo. Já Matheus Macedo era comissionado e ganhava R$ 6.500,00. Na Setas, ele atuava na gerência de proteção social básica, bolsa família e benefícios da Setas.
Matheus foi nomeado na Agência de Metrologia em fevereiro deste ano, já na gestão do atual governador Wanderlei Barbosa.
INVESTIGAÇÃO
A Justiça já havia determinado o afastamento dos dois servidores pelo prazo de 180 dias, por suspeita de participação em fraudes na compra de cestas básicas pela Setas.
A operação foi deflagrada pela Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), nesta quarta-feira (27), e cumpriu onze mandados de busca e apreensão, inclusive na sede da Setas, que está sob a gestão do secretário José Messias Alves de Araújo desde 1° de janeiro de 2019.
Conforme a Justiça, eles foram afastados para que "não tenham possibilidade de manipular provas e induzir testemunhas". Mesmo exonerados, eles continuam proibidos de frequentar as dependências da Setas ou de qualquer outro órgão público estadual, bem assim de acessarem os sistemas eletrônicos correspondentes; e também proibidos de manter contato com os servidores da Setas, por qualquer meio.
As cestas básicas foram compradas para beneficiar famílias afetadas pela pandemia da Covid-19, contudo, algumas empresas contratadas não tinham capacidade operacional para fornecimento dos produtos e receberam pagamento antecipado sem que a entrega fosse feita.
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