Moradores passaram a sofrer com alagamentos, já que o aterro não permite a vazão do rio.
Uma ação judicial liderada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) requer à Justiça que seja determinada a retirada, pelos órgãos ambientais estaduais, de um aterro instalado em uma propriedade rural de Lagoa da Confusão, dentro da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Dueré.
Também requer que o Naturatins suspenda a outorga e os licenciamentos ambientais da propriedade até que aconteça a desmobilização do barramento e seja garantida a vazão ecológica do Rio Dueré. Solicita, ainda, a apreensão imediata dos apetrechos e implementos físicos instalados na propriedade rural.
A ação atende a denúncias encaminhadas ao MPTO sobre os impactos e danos ambientais que o barramento vem causando à fauna, flora e à população local. No último mês de novembro, a Promotoria Regional Ambiental instaurou procedimento ministerial requisitando diligências dos órgãos ambientais ao local, sendo constatada a ausência de licenciamento ambiental para instalação, construção ou operação da barragem.
Representantes das comunidades hipossuficientes e dos moradores da região também relataram que vêm sofrendo com alagamentos causados pela chuva, já que o aterro não permite a vazão do rio. Relatam, ainda, a mortandade de peixes. “Quando as águas baixam, muitos peixes ficam presos em poças de água nos pastos e acabam morrendo”, disseram.
Os alagamentos também provocam perda econômica para os pequenos agricultores e criadores, além de perigo para idosos e crianças.
Reportagens locais ainda mostraram que uma ponte do Rio Dueré foi incendiada para dar lugar à barragem. Imagens foram registradas e encaminhadas ao MPTO.