Fiscais encontraram cerca de 200 toneladas de lixo armazenadas ilegalmente em um galpão.
O ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira, pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), continua foragido da justiça com mandado de prisão em aberto por suspeita de crime ambiental e organização criminosa.
Ele é apontado como um dos sócios da empresa Sancil Santantonio Construtora e Incorporadora LTDA, contratada pelo Governo do Estado para coletar o lixo do Hospital Regional de Araguaína. Na semana passada, fiscais encontraram cerca de 200 toneladas de lixo armazenadas ilegalmente em um galpão no Distrito Agroindustrial.
Nesta segunda-feira (12), durante cumprimento de mandado de prisão, a Polícia Civil apreendeu ao lado do Olyntho Hotel um caminhão usado para fazer o transporte do lixo em nome da empresa Agromaster S/A, que é registrada no nome do deputado Olynto Neto. Para a polícia, o veículo seria uma prova da participação de João Olinto no esquema.
"O caminhão foi encontrado atrás do hotel cheio de lixo hospitalar, em total descompasso com a legislação ambiental, colocando em risco a saúde dos hóspedes, pois é um material total infectante. É um elemento de prova sobre a participação efetiva do suspeito", disse o delegado regional Bruno Boaventura.
Ainda segundo o delegado, o ex-juiz tinha a função de coordenar os trabalhos, apesar de não constar como efetivo sócio, mas utilizava duas funcionárias do seu escritório de advocacia.
Bruno Boaventura afirmou que não pode determinar a participação do deputado Olyntho Neto no esquema, porém, outro inquérito será instaurado. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no escritório de advocacia do pai do parlamentar.
'O escritório de advocacia estava todo revirado. Faltavam equipamentos como HD de computadores. Possivelmente fecharam o escritório e retiraram provas que poderiam incriminá-lo, fizeram um limpa. Ainda no hotel encontramos uma arma de fogo que já havia sido apreendida com o filho do ex-juiz, quando foi detido com R$ 500 mil", afirmou o delegado.
No galpão onde o lixo estava armazenado deveria funcionar duas empresas em nome do deputado. As sócias da empresa Sancil, Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Souza Martins, também tiveram as prisões decretadas.