Agentes tentaram prender o advogado na manhã desta segunda, mas ele não foi encontrado.
A Polícia Civil está cumprindo mandado de busca e apreensão no escritório do advogado e ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira, localizado na Avenida Primeiro de Janeiro, centro de Araguaína, na tarde desta segunda-feira (12).
A informação foi confirmada pelo delegado regional Bruno Boaventura. O mandado é fruto da 'Operação Expurgo' que investiga o armazenamento clandestino de cerca de 200 toneladas de lixo hospitalar em um galpão no Distrito Agroindustrial de Araguaína (Daiara).
Na manhã desta segunda, agentes da Polícia Civil foram até o Olyntho Hotel para cumprir um mandado de prisão contra o ex-juiz, mas ele não foi localizado. A suspeita é que João Olinto tenha fugido pela mata que fica nos fundos do estabelecimento.
O ex-juiz é pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), atual líder do Governo de Mauro Carlesse na Assembleia Legislativa.
ENTENDA
João Olinto é apontado como sócio da empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, contratada sem licitação pelo Governo do Estado para coletar o lixo do Hospital Regional de Araguaína, por mais de R$ 500 mil por mês. Ele nega que tenha vínculo com a empresa.
Duas funcionárias de João Olinto também estão com a prisão decretada: Ludimila Andrade de Paula e Valdirene de Sousa Martins, que seriam sócias da empresa.
A referida empresa seria a responsável pelo armazenamento ilegal do lixo hospitalar no galpão que pertenceria ao deputado Olyntho Neto. Duas empresas que estão registradas no endereço têm o nome do parlamentar no quadro societário.
Segundo a polícia, eles são acusados de crime ambiental e organização criminosa.
João Olinto foi juiz eleitoral no TRE-TO entre agosto de 2012 a novembro de 2014.