Operação

PF prende primo de Marcelo Miranda, esposa e 'laranja' que tinha construtora em seu nome

O valor dos contratos com as empresas investigadas pode ultrapassar R$ 50 milhões.

Por Redação 4.449
Comentários (0)

01/10/2019 10h34 - Atualizado há 4 anos
PF também fez buscas na casa do cunhado do ex-governador

Três pessoas ligadas ao ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB) são alvos de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (1º) como desdobramento da Operação Reis do Gado, que investiga desvios de mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos.

Um dos presos é Luciano de Carvalho Rocha, primo de Marcelo Miranda, empresário e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Tocantins (SindusconTO). Ele é filho de Luiz Antônio da Rocha, que foi secretário da Controladoria-Geral na gestão Miranda em 2016. A esposa de Luciano Rocha, Kamile Salles, também é alvo de mandado de prisão temporária.

O terceiro com mandado de prisão é Guilherme Costa de Oliveira, suposto dono da Construtora Construarte Eireli, mas que é apontado pela PF como "testa-de-ferro" da Família Miranda.

Segundo a PF, a organização criminosa desviava recursos públicos e fazia a lavagem de capitais por meio da utilização de 'laranjas' e 'testas-de-ferro', com objetivo de dissimular ou ocultar a origem ilícita dos recursos e a real propriedade de bens e empresas.

O juiz João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal de Palmas, que autorizou a operação, também decretou quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados e buscas na casa do cunhado do ex-governador, Marcelino Leão Mendonça.

A Construtora Construarte Eireli foi beneficiada com diversos contratos com o Governo do Estado durante a gestão de Marcelo Miranda. Segundo a Polícia Federal, o valor total dos contratos pode ultrapassar R$ 50 milhões.

O juiz menciona que o controlador da empresa era, na verdade, Luciano Rocha, primo do ex-governador. “Segundo informado, a empresa em comento era concretamente controlada por Luciano de Carvalho, primo do ex-governador e de seu pai Brito Miranda. Conforme afirmou o colaborador, Luciano teria atuado como interposta pessoa em favor de Marcelo Miranda em diversos negócios de caráter fraudulento, tendo utilizado seu nome para, juntamente com o cunhado do governador, Marcelino Leão Mendonça, constituir a empresa WTE”, diz a decisão.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.