A atitude do tucano teria deixado o presidente da AL chateado.
Antes mesmo de sair a decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADI que questiona a possibilidade de reeleição para o mesmo cargo na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), alguns parlamentares já faziam planos caso o atual presidente Antônio Andrade (PTB) fosse destituído do cargo em razão de ter sido reeleito na mesma legislatura e para o mesmo cargo.
Contudo, a liminar do ministro Ricardo Lewandowski deixou dúvidas quanto ao seu real alcance e, segundo Andrade, a decisão garante sua permanência no cargo de presidente.
A queda de Antônio Andrade era dada como certa por alguns deputados em razão das recentes decisões do STF, inclusive no caso do Congresso Nacional, em que os presidentes da Câmara e do Senado (Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia) não puderam disputar a reeleição. Contudo, a liminar do ministro Lewandowisk proibiu reeleições sucessivas (várias vezes).
Já vislumbrando uma nova eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, o deputado Olynto Neto (PSDB) teria 'queimado a largada' ao antecipar a articulação de uma chapa encabeçada por ele próprio, que teria o apoio do governo.
Fontes revelaram ao AF Notícias que a atitude do tucano teria deixado Antonio Andrade chateado.
Segundo informações de bastidores, o próprio presidente da AL-TO teria se reunido com a cúpula do Governo para cobrar explicações a respeito do apoio do Palácio a uma possível candidatura de Olyntho.
Olyntho é um dos deputados mais próximos ao governador Mauro Carlesse (DEM) e chegou a ser líder do Governo no Legislativo, mas deixou a função em meio ao escândalo do lixo hospitalar.
Quem também já estaria de olho na vaga de presidente seriam os deputados Cleiton Cardoso (PTC), o atual vice-presidente da Assembleia e Eduardo do Dertins (Cidadania).
PRÓXIMOS CAPÍTULOS
A polêmica envolvendo a reeleição de Antonio Andrade está longe de terminar. Isso porque a decisão liminar do ministro Lewandowisk ainda será submetida ao Pleno do STF e pode ter uma nova reviravolta, pois, seguindo alguns juristas, a decisão deixou de seguir o entendimento aplicado no caso do Congresso Nacional, ferindo o princípio da simetria.