Manifestantes foram às ruas criticar o isolamento social e pedir intervenção militar.
A participação do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) na manifestação deste domingo (19) foi alvo de críticas por parte de representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário em todo país.
Contrariando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde (MS), que recomendam o isolamento social, o presidente participou efetivamente do ato que aglomerou centenas de pessoas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
Os manifestantes pediam a intervenção militar com retorno do AI-5 e o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
Tocantins
O governador Mauro Carlesse (DEM) outros 19 governadores assinaram uma Carta Aberta em defesa da democracia e em apoio aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após ataques feitos por Jair Bolsonaro às duas lideranças do Congresso.
No documento que foi divulgado neste domingo (19), os governantes afirmaram que as medidas tomadas nos estados para conter a pandemia são pautados pela ciência e experiência exitosa de outros países.
“Nossa ação nos estados, no Distrito Federal e nos municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientação de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando nesse caso evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas”, diz trecho da carta.
Palmas
A prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) também desaprovou a conduta do presidente e defendeu a Constituição.
“Há 20 anos escolhi viver na capital mais jovem do país. Fui abraçada por Palmas e um povo forte, corajoso, resiliente. Nascemos com a Constituição Cidadã. Tenho orgulho de hoje estar prefeita e a imensa responsabilidade de representar todos. Jamais abriremos mão da DEMOCRACIA!!”, tuitou a prefeita.
Um pequeno grupo de manifestantes se reuniu no centro de Palmas para criticar as medidas adotadas pelo município no enfrentamento à pandemia. Eles pediram a reabertura do comércio e reivindicaram o direito de 'ir e vir'.