A mulher tem 66 anos e aguarda medicamento para fazer as sessões de quimioterapia no HGP.
A falta de medicamentos para a realização de quimioterapia no Hospital Geral de Palmas (HGP) está trazendo muita preocupação para a família de uma idosa de 66 anos que deveria estar fazendo o tratamento contra câncer de mama.
Segundo a família, Maria Guilhermina Lélis Rodrigues teve a quimioterapia interrompida após o Governo do Tocantins deixar faltar o medicamento principal no tratamento, o ciclofosfamida. O remédio está em falta há 90 dias.
A idosa mora em Alvorada, no sul do Estado, e toda segunda-feira viaja para Palmas, a cerca de 310 km, para tentar fazer o tratamento, mas não está conseguido.
Maria Guilhermina passou pela cirurgia para a retirada da mama direita no dia 19 de fevereiro deste ano. Segundo a filha Mirian Lélis, o prontuário da mãe também sumiu após o procedimento e ela precisou recorrer ao Ministério Público Estadual.
“Por causa desse problema de prontuário, a quimioterapia já seria iniciada tarde. E agora, para a surpresa de todos, o medicamento principal para o tratamento está em falta. É um descaso muito grande, não dão uma resposta concreta. Queremos encaminhamento para fora ou a resposta da vinda do medicamento o quanto antes”, disse a filha.
A falta de medicamento também tem afetado outros pacientes da ala de oncologia do HGP.
O QUE DIZ A SES
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) informa que já realizou dois processos licitatórios de compra formal do medicamento ciclofosfamida e um processo de dispensa de licitação para compra direta, mas todos sem sucesso. A SES trabalha agora junto com o departamento jurídico para buscar as medidas judiciais cabíveis, a exemplo de requisição administrativa, o que obrigaria os laboratórios e fornecedores deste medicamento a vender para o Estado e assim garantir a continuidade do tratamento dos pacientes”.