O Procurador-Geral de Justiça do Tocantins já recomendou ao governador a anulação do certame.
O governador Mauro Carlesse (PHS), o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras Barbosa, e representantes da banca organiazdora AOCP estão sendo investigados por possíveis "condutas ímprobas, omissivas ou comissivas" relacionadas ao concurso da PM do Estado.
No dia 23 de janeiro, o Procurador-Geral de Justiça do Tocantins, José Omar de Almeida Júnior, instaurou um procedimento preparatório para o início do inquérito civil que investigará as ações.
O procedimento foi instaurado antes de o Procurador-Geral recomendar ao governador, nessa sexta-feira (25), a anulação do concurso por diversos casos de fraude. O Governo tem 15 dias para responder.
Conforme o procurador, é de competência do governador a deflagração do concurso, atuando o Comando da PM/TO por mera autorização do Chefe do Poder Executivo. A AOCP é citada porque é a organizadora do certame.
No procedimento preparatório, José Omar cita a apreensão de aparelhos celulares encontrados nos locais de prova nos municípios de Palmas e Araguaína. Além disso, “a comprovação do vazamento do gabarito a 35 números de telefone antes da aplicação das provas configura irregularidade insanável no certame”.
Ao reafirmar o desejo de anulação do concurso, o procurador citou que os fatos investigados evidenciam que os demais candidatos foram prejudicados pela divulgação ilícita do gabarito da prova.
Além disso, há a possibilidade de a Polícia Militar do Tocantins “aceitar em seus quadros candidatos com reputação criminosa”.