O advogado
Wendel Araújo Oliveira, que atua na defesa dos policiais civis
Ademael das Neves Conceição e
Genilson da Costa Feitosa, tratou diretamente com o ministro
Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a possibilidade de revogar todos os mandados de prisão expedidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Araguaína, tendo como base a liminar concedida pelo ministro em um dos processos. O encontro ocorreu na semana passada. Os policiais civis estão presos há mais de um ano numa cela do quartel da Polícia Militar em Araguaína. No dia 17 de julho, o ministro Marco Aurélio concedeu liminar em
Habeas Corpus determinando a soltura dos policiais no processo relacionado aos crimes de associação para o tráfico de drogas, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. No entanto, os dois continuam presos em razão de prisões preventivas decretadas em outros processos. Para o advogado Wendel Oliveira, é apenas uma questão de tempo para que os policiais sejam soltos. Ele acrescentou que os fundamentos das prisões são "idênticos, inidôneos, insuficientes, insustentáveis e afrontam o Estado Democrático de Direito". Wendel também considerou excessiva a prisão cautelar dos policiais civis. O advogado afirmou ainda que o Tribunal de Justiça do Tocantins tende a reformar todas as condenações dos policiais, pois "tais decisões são fundadas em provas frágeis e insuficientes a imprimir uma condenação". Para o advogado, os policiais têm recebido o "tratamento mais desigual da história do Estado do Tocantins em matéria jurídico-penal", porém, o jurista pontuou que "acredita na Justiça". Wendel Oliveira chegou a questionar a imparcialidade do juiz do caso, Antônio Dantas, de Araguaína, ainda no ano passado, quando disse que não teria sucesso na defesa dos policiais, já que todas as requisições do Ministério Público eram atendidas de pronto, segundo ele. O magistrado já proferiu duas condenações contra os policias.
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