Moeda Viva: Jorge Benjamim dos Santos, um funcionário da Casa da Moeda, viu seu rosto estampado em uma moeda comemorativa sem ter conhecimento ou consentimento pleno. A história destaca a luta por reconhecimento e justiça.

O contexto da moeda comemorativa

Em 1988, em celebração ao centenário da abolição da escravatura, o Brasil lançou uma moeda especial. Jorge Benjamim dos Santos, sem saber a finalidade, teve seu rosto fotografado e escolhido para a moeda. Ele só descobriu sua imagem na moeda através de um colega e da mídia. Esse uso não consentido de sua imagem reflete uma questão maior de reconhecimento e valorização das contribuições das pessoas negras no Brasil.

O Trio Axé e a representação negra

Além de Jorge, Genilda Rodrigues de Sousa e Jefferson também foram representados na moeda, formando o Trio Axé, que simboliza uma família negra. Assim como Jorge, eles descobriram a utilização de suas imagens tardiamente, sem reconhecimento imediato. Esta situação revela um padrão de desvalorização das contribuições negras, mesmo em eventos que deveriam celebrar a diversidade.

Reflexão sobre o reconhecimento

A história de Jorge Benjamim dos Santos nos leva a questionar a falta de reconhecimento das contribuições negras na história brasileira. Por que os rostos que estamparam a moeda não foram oficialmente reconhecidos? Esta omissão perpétua uma forma de invisibilidade e desvalorização das pessoas negras no país.

A luta por justiça e visibilidade

Com o apoio de Gisele Silva, uma colecionadora e aliada, Jorge começou a ganhar visibilidade em eventos de numismática. No entanto, a luta por reconhecimento oficial e justiça continua. O caso de Jorge é um lembrete da importância de reconhecer e valorizar todas as contribuições culturais e históricas.

Uma história de injustiça e esperança

O caso de Jorge Benjamim dos Santos simboliza uma luta contínua por reconhecimento e justiça. Sua história destaca a necessidade de visibilidade e respeito pelas contribuições das pessoas negras na história brasileira. A luta por justiça continua, e sua história serve como um poderoso lembrete da importância do reconhecimento e respeito por todas as contribuições culturais e históricas.

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Fonte: UOL