Sem o salário do mês de novembro e sem o 13º, assim é a realidade enfrentada por centenas de trabalhadores contratados pela Fundação Evangélica Restaurar, mas que prestam serviços à Prefeitura de Araguaína na área da educação.
“Nem dão esperança pra gente. Parece que teremos um natal de mesa e bolso vazios”, lamentou um professor que esperava ansiosamente que o pagamento estivesse na conta nesse sábado (24), véspera de natal. Segundo o professor, a Fundação não pagou sequer o salário do mês passado. Ele explicou ainda que, geralmente, o pagamento era creditado por volta do dia 22 de cada mês, mas atualmente só está sendo pago por volta do dia 30.
“Depois que passou a campanha eleitoral ficou desse jeito”, disse. Quem também já foi demitido no último dia 15 de dezembro aguarda o acerto dos direitos trabalhistas.
“Nem salário, nem 13º, nem os dias trabalhados proporcionalmente e nem o acerto dos que saíram no dia 15”, lamentou. O trabalhador descreveu a situação como “humilhante” e lamentou o fato de que passará o natal sem ceia e sem presentear os filhos. A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Araguaína, mas sem sucesso. A Fundação Restaurar ficou de enviar esclarecimentos.
Contrato questionado O contrato milionário firmado entre a Fundação Restaurar e a Prefeitura de Araguaína também está sendo questionado pelo Ministério Público Estadual por suspeitas de superfaturamento de preço. O órgão desconfia ainda que a contratação da fundação visa apenas terceirizar mão-de-obra e burlar a exigência do concurso público.