Além do episódio da casa, a PF também citou os R$ 40 mil doados pelo empreiteiro de Araguaína Rossine Aires Guimarães a Marcelo Miranda para bancar a festa de 15 anos de sua filha.
O fato aconteceu em 2010, após o governador ter seu mandato cassado pelo TSE por abuso de poder econômico. No entanto, para a polícia, Marcelo estava recebendo 'presentes' há mais tempo.
Foi investigado também um contrato de prestação de serviços entre o Governo e uma empresa de transporte aéreo. Conforme o inquérito, os valores do contrato estavam muito acima do que é praticado. Ao todo, cerca de R$ 200 milhões teriam sido movimentados ilegalmente. As investigações apontaram que o dinheiro era desviado por meio de contratos de gaveta e manobras fiscais. De acordo com a Polícia Federal, fazendas e gado foram compradas com este dinheiro. Porém, a quantidade de bois 'adquiridos', por meio de um desses contratos, é muito superior à capacidade da fazenda para onde seriam destinados. Por esta razão, os policiais nomearam isso de "gados de papel". OPERAÇÃO REIS DO GADO A operação da Polícia Federal foi deflagrada no fim do ano passado. Os prejuízos estimados aos cofres do Governo do Tocantins estão avaliados em R$ 200 milhões através de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do governador Marcelo Miranda (PMDB). Todos são alvos de operação da Polícia Federal deflagrada nesta segunda-feira (28). O dinheiro era ocultado e lavado através da compra de gado, por isso a operação foi batizada como ‘Reis do Gado’.Ao todo foram expedidos 108 mandados judiciais pelo Superior Tribunal de Justiça sendo, 8 mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína no Tocantins, Goiânia/GO, Brasília/DF, Caraguatatuba/SP Canãa dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu e Sapucaia/PA. Segundo a PF, a ocultação do dinheiro desviado ilicitamente dos cofres do Estado era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado.