Cerca de 100 pessoas participam do movimento, entre crianças, jovens, idosos e até uma cadeirante.
Moradores do Setor Alto Bonito estão acampados em frente à Prefeitura de Araguaína desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (29) na tentativa de solucionar um impasse quanto a uma ordem de reintegração de posse determinada pela justiça, que deve ser cumprida no prazo de 60 dias.
Com cartazes e faixas, os manifestantes cobram a intervenção do prefeito Ronaldo Dimas para evitar o despejo. Eles argumentam que o poder público já fez vários investimentos no setor, como construção de creche, Unidade Básica de Saúde e pavimentação asfáltica.
A informação repassada aos moradores é que o prefeito está em Brasília e deve retornar somente na quinta-feira, dia 1º de novembro. Mesmo assim, eles afirmam que vão ficar acampados até o retorno do gestor.
Cerca de 100 pessoas participam do movimento, entre crianças, jovens, idosos e até uma cadeirante. Os moradores pretendem dormir no local e já começaram a montar barracas.
"Disseram que o prefeito só vai chegar na quinta-feira, mas nós vamos esperar. Queremos resolver logo! Estamos lutando por nossas casas. O poder público precisa nos ajudar. Até agora não ouvimos nada diretamente do prefeito, queremos conversar e ver o que ele tem a nos dizer", disse Nailma Santos.
ENTENDA
Cerca de 600 pessoas moram na área em disputa judicial no Setor Alto Bonito. A ação começou ainda em 2002, quando o local era conhecido como Chácara Buriti. Uma imobiliária ganhou o processo em 2015 e não cabe mais recurso.
Em 15 anos, o poder público fez vários investimentos no local, como construção de creche, Unidade Básica de Saúde, pavimentação asfáltica, iluminação e rede de água.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Prefeitura de Araguaína disse que já vem intermediando a negociação de 173 lotes para regularização da área ocupada no Setor Alto Bonito e disponibilizou os serviços dos profissionais da Procuradoria-Geral do Município.
Segundo a prefeitura, a negociação para pagamento dos lotes deve ocorrer entre os interessados, ou seja, proprietários e ocupantes.
"A orientação dada durante as reuniões pela Procuradoria e pelo secretário chefe de Gabinete do Município, Marcus Marcelo, é que os ocupantes procurem a Defensoria Pública. Por meio do órgão, serão realizadas audiências de conciliação em grupos de 10 ocupantes na Justiça Estadual, mais especificamente no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), próprio para demandas dessa natureza."