A ex-presidente da República, Dilma Rousseff usou sua rede social nesta sexta-feira (24) para se solidarizar e prestar apoio à senadora Kátia Abreu, após a parlamentar tocantinense ser expulsa do PMDB por fazer duras críticas ao governo do peemedebista Michel Temer e ao ‘quadrilhão’ do partido denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), além de ter votado contra as reformas trabalhista e da previdência.
“Manifesto à senadora Kátia toda a solidariedade e o apoio que ela fez por merecer ao longo de sua história de vida”, disse a ex-presidente. Kátia foi ministra da Agricultura durante o seu governo. Dilma segue com a mensagem afirmando que os
"tocantinenses terão a oportunidade de homenagear a competência, coragem e decência [de Kátia Abreu] em 2018". A senadora é pré-candidata ao Governo do Estado, nas eleições 2018, e tem feito duras críticas à gestão do seu ex-aliado governador Marcelo Miranda (PMDB), motivo que contribuiu para sua expulsão do partido. Para Dilma, a expulsão de Kátia Abreu "é um jogo de cartas marcadas com que o grupo que se apossou do PMDB tenta perseguir os políticos sérios, honestos e progressistas que pertencem ao partido e lutam pela preservação de sua história".
"A expulsão da senadora Kátia Abreu do PMDB é uma violência contra os seus eleitores do Tocantins e contra os brasileiros de todos os estados que a respeitam e admiram. A senadora Kátia Abreu se posicionou contra o impeachment fraudulento que derrubou o governo eleito e está lutando contra todos os retrocessos sociais e econômicos impostos pelo golpe", postou Dilma no Twitter.
"A senadora Kátia Abreu honrou o cargo de ministra da Agricultura, que exerceu no meu governo, valorizou a CNA, que presidiu por muito tempo, e merece o respeito de todos como enérgica defensora do Estado Democrático de Direito", escreveu ainda. Ao comentar a decisão do partido, Kátia disse que foi expulsa por defender posições que desagradam ao governo e ousar dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder.
"A mesma comissão de ‘ética’ não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o país", disse, fazendo referência ao ex-ministro
Gedell Vieira Lima, que está preso por corrupção, mas continua filiado ao PMDB e sem nenhum processo na Comissão de Ética, bem como outros políticos do alto escalão. A senadora disse que ficará sem partido, por enquanto, e conversará com a população do Tocantins e com as lideranças políticas "sérias do país antes de decidir o que será melhor para meu Estado e o Brasil".
“Sigo na luta política. Sigo com Ética. Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor”, finalizou.