O número de casos mais que dobrou nos últimos 15 dias.
No início de abril, durante o primeiro pico de casos do novo coronavírus em Palmas, o mapa da Secretaria Municipal de Saúde apontava que quase todos os pacientes infectados estavam na região central da cidade. No dia 7 de abril, eram 14 casos confirmados de covid-19 e nenhum óbito.
Com a mudança do perfil de contágio, com transmissão comunitária da doença, o número de casos chegou a 37 nesta segunda-feira (28) e agora estão espalhados por todas as regiões da cidade.
Palmas tem atualmente 1.432 notificações e 532 casos descartados. A capital também registou o primeiro óbito por complicações causadas pela covid-19 no Tocantins.
Novo mapa
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a distribuição dos casos se deve principalmente ao novo perfil de contaminação. Os primeiros contaminados foram pessoas com histórico de viagem para o exterior ou outros estados com casos de covid-19.
Agora há vários pacientes que foram infectados por transmissão comunitária (ou sustentada). Nesse tipo de contaminação, não é possível traçar o histórico epidemiológico do paciente (contatos), o que facilita o avanço de novos casos.
Desabafo da prefeita
Desde o início das medidas de distanciamento social, impostas pela administração da capital, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) vem sendo pressionada a ceder e flexibilizar as regras para o funcionamento do comércio.
Nesta segunda-feira (27), a gestora publicou um novo decreto, nº 1.884/2020, que tornou obrigatório o uso de máscaras nos espaços públicos a partir do dia 04 de maio.
Em meio à pressão, a prefeita desabafou “Se alguém ouvir ou ler as mensagens que recebi nos 15 últimos dias, se revoltaria e perguntaria: vale a pena? Posso elencar uma série de nomes. Há quem prefere pagar multa, descumprir os decretos, ajuizar ações, pagar pra ver o caos. Difícil tentar cuidar de quem não quer ser cuidado".