Há dois anos, a população tocantinense espera o término da ampliação do maior hospital público do Estado, o Hospital Geral de Gurupi (HGG). Em contrapartida, o que aumenta mesmo é a fila de espera por cirurgia na cidade e o número de mortes nos hospitais públicos do Tocantins. A ampliação do HGG está paralisada há mais de um ano e já teve sucessivos atrasos e aditivos de prorrogação de prazo e valor. Diante deste cenário, apenas 56% de seu cronograma foi executado, enquanto 833 pessoas aguardam na fila de espera em Gurupi. Para apurar possíveis irregularidades, a senadora
Kátia Abreu (PMDB-TO) pediu a interferência da Procuradoria Geral da República (PGR) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme a senadora, o problema da ampliação não é falta de dinheiro, pois ela mesma já destinou R$ 41 milhões para a obra. No entanto, até hoje, R$ 35,3 milhões deste montante estão na conta do convênio firmado entre o governo do Tocantins e a empresa vencedora da licitação, a Construtora Centro Norte LTDA – Coceno. Kátia acredita que a paralisação das obras se deve à má gestão da Secretaria Estadual de Saúde.
“As obras estão paradas por atrasos e falta de gestão, não por falta de verbas. Se não houvesse recursos, eu até aceitaria esse atraso devido ao momento atual de crise. Mas há dinheiro em conta”, explica a senadora, que enviou um ofício à PGR e ao TCU para solicitar apuração.
HOSPITAL GERAL DE GURUPI Com a ampliação, o HGG terá capacidade para atender cerca de 240 mil pessoas de 27 municípios do Sul do Estado. O Hospital terá ainda 200 leitos de internação, 40 leitos de UTI, centro cirúrgico com sete salas, pronto socorro ampliado, e ambulatório com “hospital dia” para realização de pequenos procedimentos que necessitam de curtos períodos de internação.