Levantamento feito pelo Professor Doutor Dernival Ramos, do Colegiado de História da UFT.
A zona urbana de Araguaína produz bastante comida de qualidade. São centenas de quilos de frutas, verduras e folhagens por mês.
Não estamos, contudo, falando das hortas artesanais, hidropônicas nem dessas plantações de feijão e mandioca que vez ou outra vemos no canteiro central ou no passeio público de bairros como o Araguaína Sul e o Noroeste.
Estamos falando do que é produzido nos quintais. É provável que centenas de famílias nos diversos bairros da cidade plantem, de diversas maneiras, frutas como manga, caju e goiaba, mamão e outras espécies alimentares como macaxeira, mandioca, abóbora, inhame, além de temperos, plantas medicinais e folhagens como alface, rúcula, cebolinha etc. Contemplam esses cenários plantas ornamentais como rosas e flores diversas e cerimoniais como Espada de São Jorge e Abre Caminho.
Conversamos com cinco pessoas que plantam e alimentam-se, desde muito tempo, com o produto de seus quintais.
Josiel Santos, morador da Vila Santiago, aproveitou a quarentena para plantar rúcula, cebola, tomate etc. O quintal produz também limão, coco, jabuticaba, romã e ata. “Minha maior alegria é ver minhas frutíferas produzindo. Foi eu mesmo que fiz as mudas"
Braz e Leide Monteiro, proprietários de uma chácara nos arredores da cidade, também incrementaram a produção durante a quarentena. Atualmente, dentro do quintal, produzem alface, rúcula, ata, banana, manga, cupuaçu, caju, abóbora, feijão, pimenta e outros temperos, além de plantas medicinais.
Eles também cultivam flores e outras plantas ornamentais.
Miriam Mendes e Márcio Melo, moradores do Jardim Paulista e Setor Martins, otimizaram o espaço disponível e produzem diversas frutas. No quintal de Márcio, ele produz uva, cacau, banana, cará, ata, goiaba roxa, flores, coco e outras.
Miriam Mendes disse que começou a produzir no seu quintal porque sentiu a necessidade de se reconectar e se libertar da concepção que tudo deveria ser comprado. "Eu produzo macaxeira, mamão, ata, jabuticaba, limão, ora-pro-nóbis, batata doce, vários temperos, chás, pimentas e flores (inclusive comestíveis)”
Quem vê a quantidade de coisa produzida por Miriam pensa que ela tem um lote gigante. Mas não é assim, como mostra a foto abaixo. Ela transformou, de modo eficiente, um espaço de 2 por 12 metros, em uma roça altamente produtiva.
E em seu quintal? O que você produz?
Escreva para o agroecologia@uft.edu.br e conte-nos. Se quiser, fotografe as suas plantas e marque-nos no Instagram @neuza_comunidades
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Prof. Dr. Dernival Venâncio Ramos
Colegiado de História
Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território - PPGcult
Conselho Gestor Neuza-UFT/ Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas
Universidade Federal do Tocantins | Campus de Araguaína