Os suspeitos compravam os celulares roubados e revendiam os aparelhos pela internet.
A Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso de venda de aparelhos celulares roubados pela internet em Araguaína e indiciou dois homens pelo crime de receptação nesta segunda-feira (31).
Os indiciamentos ocorreram com a finalização do inquérito policial que tramitava na Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) e tinha por objetivo apurar a venda de celulares e objetos de crimes através de páginas na internet.
O caso
De acordo com o delegado Breno Eduardo Campos Alves, os investigados, de 22 e 27 anos, se uniram e montaram um esquema de funcionamento informal de atividade comercial.
Em um primeiro momento, um dos suspeitos se deslocava até a região da Feirinha para comprar a baixo custo os aparelhos celulares que os usuários de drogas conseguiam através de roubos e furtos.
Em seguida, o homem repassava os bens adquiridos para o comparsa, que administrava contas falsas na internet com a utilização de pseudônimos e ficava responsável por fazer a divulgação de venda nas redes sociais dos aparelhos. Com as vendas, o lucro era repartido.
“Após um minucioso trabalho investigativo, conseguimos identificar a conta falsa utilizada pela dupla e identificamos os autores, os quais foram indiciados pelo crime de receptação qualificada”, disse o delegado.
Ao comentar o caso, o delegado acrescentou que os aparelhos celulares são os objetos mais roubados em Araguaína, motivo pelo qual a compra destes itens deve ser realizada com segurança, através de apresentação de nota fiscal ou outro meio que comprove a licitude do objeto.
“É muito importante que o cidadão fique atento ao adquirir qualquer tipo de produto, sobretudo os usados, como os aparelhos celulares, pois ele pode incorrer em crime de receptação. Desse modo, a DRR alerta para que o potencial comprador sempre exija nota fiscal do bem e também desconfie de produtos que estejam sendo ofertados por preços muito abaixo dos normalmente praticados no mercado, uma vez que pode se tratar de objeto de crime”, frisou a autoridade policial.
Outras investigações estão em curso para identificar e recuperar os bens de vítimas que entram nesse mercado informal.
O inquérito policial foi remetido à justiça.