Crime gerou muita comoção, pois Sebastião também era muito respeitado.
Um homem condenado pela morte do advogado e defensor dos direitos humanos Sebastião Bezerra da Silva, de 40 anos, foi preso em Gurupi nesta sexta-feira (14).
O preso tem 31 anos e foi identificado apenas com a iniciais R. J.G. O crime ocorreu em fevereiro de 2011, ou seja, há praticamente 11 anos.
Sebastião Bezerra também era presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da cidade de Cristalândia e teve seu corpo localizado enterrado em uma cova rasa no dia 27 de fevereiro de 2011 em uma fazenda entre os municípios de Dueré e Gurupi.
Com as investigações realizadas após o ocorrido, a Polícia Civil chegou a dois irmãos de 19 e 20 anos como autores do crime. Eles foram presos na época e confessaram que mataram o advogado para roubar seus pertences.
Os exames periciais apontaram que Sebastião foi morto por asfixia, estrangulamento e também por golpes de pá na cabeça e demais partes do corpo. Na época, o crime gerou muita revolta e comoção, pois, além de pessoa muito querida, Sebastião era um ferrenho defensor dos direitos humanos, conhecido e respeitado em todo o estado.
A prisão
A ação que resultou na prisão do condenado foi deflagrada depois que o setor de inteligência da 7ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Gurupi apurou que um homem de extrema periculosidade e condenado por homicídio e também com passagens por crimes diversos estaria em Gurupi. Os levantamentos ainda apontaram que ele seria foragido da Justiça e estaria armado.
“De imediato, reunimos equipes da 3ª DHPP [3ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa] 8ª DEIC [8ª Divisão de Combate ao Crime Organizado] e também do plantão e passamos a diligenciar no sentido de localizar o indivíduo, sendo que por volta de 12h30, os policiais conseguiram localizar o homem”, disse o delegado-regional Joadelson Rodrigues Albuquerque.
No momento da abordagem, o condenado disse que se chamava Antônio e apresentou um documento de RG com esse nome. Ele também portava um simulacro de arma de fogo.
No entanto, os policiais civis já tinham sua real identificação e também prenderam o homem em flagrante por uso de documento falso e falsa identidade.
Retirou tornozeleira
Conforme o delegado Joadelson, o homem era considerado foragido da justiça, uma vez que foi condenado pela morte do Advogado Sebastião Bezerra. Após cumprir mais de seis anos da sentença em regime fechado, ele obteve o direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto com o uso de tornozeleira eletrônica.
Porém, o homem retirou o instrumento de monitoramento, o que fez com que o juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca de Palmas determinasse a regressão para ao regime fechado.