Querendo minar a candidatura de Cinthia, o ex-senador interpretou a regra ao 'pé da letra'.
A notícia que agitou os bastidores da política nesta semana, sem dúvidas, foi a decisão da Executiva Nacional do PSDB de fazer intervenção no Diretório do partido no Tocantins, retirando o comando do ex-senador Ataídes Oliveira para repassá-lo à prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro.
PROMOVENDO CONFLITOS
A relatora do pedido de intervenção, a deputada federal Geovânia de Sá (SC), acatou o pedido sob o argumento de que o ex-senador “não contribui para a manutenção da união e da esperança no PSDB-TO, desrespeitando premissas éticas reiteradamente e até mesmo orientações, personalizando conflitos na mídia local, persistindo em promover a desqualificação de importantes lideranças partidárias” o que configura transgressão ao Estatuto do partido.
ATAÍDES QUERIA PRÉVIAS PARA ESCOLHER CANDIDATO(A)
Mesmo Cinthia Ribeiro sendo detentora de mandato com direito à reeleição, Ataídes insistia – com o apoio de Luana Ribeiro – em conclamar o partido para decidir em votação prévia quem seria o candidato do partido a prefeito de Palmas.
BRECHA NA ESTATUTO PARTIDÁRIO
Ataídes aproveitava, na verdade, de uma brecha no estatuto partidário. É que a regra tucana estabelece que, em todo país, os candidatos serão escolhidos por intermédio de prévias, sem fazer exceções quanto aos detentores de mandato com direito à reeleição. Na tentativa de minar a candidatura de Cinthia Ribeiro, o ex-senador interpretou a regra ao 'pé da letra'.
JUDICIALIZAÇÃO
O presidente deposto considerou a intervenção uma decisão absurda e prometeu judicializar a questão tão logo seja notificado pelo partido. Ele disse que não há nenhum pressuposto legal que dê direito à nacional de tomar essa decisão.
Ataídes salientou que não vê dificuldade – por entender que estava seguindo as regras do próprio partido – em conseguir uma liminar judicial. Neste caso, a candidatura de Cinthia Ribeiro ficaria na corda bomba, colocando sua reeleição em risco.
A verdade nua e crua é que a intervenção tucana no diretório estadual do Tocantins é apenas o final do 1º round dessa guerra interna.