A terceira e última votação ocorre em sessão extraordinária na manhã desta sexta-feira (28).
Apenas três dos 17 vereadores eleitos para representar o povo se manifestaram contra o projeto de lei nº 008/18 que amplia a cobrança da contribuição de melhoria em Araguaína a partir de 2019.
A terceira e última votação do PL ocorre em sessão extraordinária na manhã desta sexta-feira (28), no apagar das luzes do ano.
Pela proposta, qualquer obra pública que traga valorização dos imóveis terá o custo cobrado da população, ou seja, de todos os moradores que direta ou indiretamente sejam beneficiados pela melhoria. A cobrança passa a valer retroativamente para obras iniciadas ainda em janeiro de 2018.
A cobrança será feita, por exemplo, sobre obras de pavimentação asfáltica, iluminação pública, implantação de rede de esgoto, sistema de drenagem, construção de pontes, parques, praças, dentre outras.
O assunto é polêmico e causou revolta na população.
Um dos contrários, o vereador Terciliano Gomes (SD) disse ser contra qualquer ampliação de tributos. "Sou contra a ampliação dos tributos. Isso é um prejuízo que nós vamos dar para a sociedade nesse momento de crise. Eu acho que não podemos ser irresponsáveis, senhor presidente, em votar matéria dessa natureza. Eu quero respeitar o posicionamento de voto de cada um, mas me manifesto contra essa matéria de forma clara. O povo não aguenta mais impostos”, disse.
Já o vereador Carlos Silva, também contrário ao projeto, criticou a votação no apagar das luzes e sem nenhuma discussão com a sociedade. “Esse é um período que muitos cidadãos araguainenses viajaram e não têm como participar, opinar e cobrar dos vereadores, mas tudo indica que será aprovada pela maioria", justificou.
O vereador Enoque Neto também se manifestou contrário: "Sou contra qualquer tipo de imposto para a cidade de Araguaína. A nossa carga tributária está muito grande e os moradores não merecem mais impostos”.
Carlos Silva ainda criticou a gestão do prefeito Ronaldo Dimas. “Antes de ser eleito havia o discurso de que dinheiro tinha e o que faltava era gestão. Aumentou-se a arrecadação e não está dando para fazer as coisas? Então alguma coisa está errada nessa gestão”, finalizou.